A vitória de Tyla no prêmio de Melhor Artista de Afrobeats no VMA 2023 causou uma onda de indignação entre os fãs nigerianos, que acreditam que grandes estrelas como Ayra Starr, Burna Boy, Davido e Tems mereciam mais o título. A categoria, que celebra o crescimento global do Afrobeats, estreou em 2022 e, na época, o prêmio foi dado a Rema e Selena Gomez pela colaboração em “Calm Down”.
Embora a vitória de Tyla seja vista como um marco importante, muitos nigerianos expressaram nas redes sociais seu descontentamento, afirmando que artistas de peso da Nigéria, berço do Afrobeats, foram preteridos. Tyla, no entanto, reconheceu o impacto do Afrobeats e fez questão de destacar a diversidade da música africana durante seu discurso de agradecimento.
“Eu venho da África do Sul. Eu represento amapiano. Eu represento minha cultura, e eu só quero gritar [para] todos os artistas Afrobeats nesta categoria comigo”, afirmou a cantora. Tyla usou sua plataforma para enaltecer não apenas o Afrobeats, mas também o gênero Amapiano, que vem ganhando destaque globalmente.
Apesar do reconhecimento da contribuição do Afrobeats para a música africana e sua popularidade mundial, a crítica central de muitos nigerianos é que o gênero não pode ser reduzido a uma única categoria ou premiação. Para eles, a premiação poderia ter refletido melhor a diversidade e a complexidade da música africana, celebrando quem, em sua visão, tem mais representatividade e relevância dentro do estilo.
Essa polêmica reacende o debate sobre como as premiações internacionais categorizam e reconhecem a música africana, muitas vezes agrupando estilos e artistas de diferentes regiões e culturas sob o mesmo rótulo.